Um empréstimo pode ser a solução para os problemas financeiros?

Empréstimo bancário pode ser utilizado para pagar dívidas pendentes e com juros altos.

Uma vida com dívidas é a realidade para muitas famílias brasileiras. Dados de outubro de 2020 da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que 66,5% delas contam com algum tipo de dívida. 

A grande maioria (78,9%) está relacionada ao cartão de crédito. As outras principais causas são o pagamento atrasado de carnês (15,5%) e o financiamento a longo prazo de carros (9,5%). O não pagamento do que está pendente acaba criando uma situação cada vez mais sufocante para os endividados.

Diante desse cenário, muitos procuram formas de sair do vermelho e ter tranquilidade em relação às finanças da casa. Uma delas é o tradicional empréstimo bancário. Contudo, será que ele realmente pode ser a solução para esse tipo de problema ou é apenas mais uma fonte de dor de cabeça? Abaixo, conheça as vantagens e os possíveis riscos envolvendo essa escolha.

Variedade de situações

Em um primeiro momento, muitas pessoas podem pensar que fazer um empréstimo bancário não é uma boa opção. Fica aquela sensação de que você não conseguirá pagar o valor emprestado pelo banco e o que deveria ser uma solução, na verdade, acaba tornando-se mais uma dívida.

Entretanto, o empréstimo não precisa ser visto dessa forma. Existem situações em que ele é uma ótima saída para desafogar uma família que está em apuros financeiros. Isso porque as condições de pagamento dessa modalidade são mais vantajosas que as contas atrasadas precisam ser pagas.

Por exemplo, caso você esteja devendo faturas de cartão de crédito ou parcelas de um financiamento, sabe que os juros cobrados são altos. Quanto mais tempo leva para quitar o que está pendente, mais difícil é sair desse cenário. Isso acaba criando uma bola de neve sem fim, com a impossibilidade de ficar com o nome limpo.

Com o empréstimo, você troca as dívidas mais caras e urgentes por uma mais barata, pois juros menores ferem menos o seu bolso. A partir do momento que você se livra delas, é possível organizar-se financeiramente para acertar o pagamento do acordo com o banco.

Portanto, o empréstimo precisa ser feito de maneira consciente, escolhido com cuidado. Se você solicitá-lo com condições impróprias, só terá mais problemas financeiros. Pesquise o modo de pagamento (taxa de juros e tempo de quitação) em diferentes bancos para encontrar aquele que melhor atende às suas necessidades.

Refinanciamento imobiliário

Uma forma de empréstimo que está se tornando cada vez mais comum entre os brasileiros é o refinanciamento imobiliário. Nele, a pessoa dá o imóvel como garantia do pagamento da operação.

Entre as vantagens dessa modalidade, está o fato de que a pessoa não precisa justificar para o que irá utilizar o dinheiro. O valor emprestado pode chegar até 60% do preço do imóvel. As taxas de juros variam de 1% a 2%, sendo abaixo do custo de empréstimos convencionais. Além disso, o tempo para pagar é longo: de 2 a 20 anos.

Com o valor disponibilizado, fica mais fácil quitar as dívidas antigas e ter boas condições de pagamento com o empréstimo. Você pode utilizar esse montante para outras situações, como reformas emergenciais em sua casa ou despesas médicas inesperadas.

Não é necessário temer que o banco tome sua casa. É verdade que, se o pagamento das parcelas não forem cumpridos, a instituição tem direito de tomar a sua propriedade e colocá-la a leilão para recuperar o dinheiro emprestado.

No entanto, é raro isso ocorrer. O próprio banco não acha esse caminho interessante, possibilitando a chance de você renegociar a dívida, com novas condições, caso isso seja necessário. Porém, é imprescindível que você se organize financeiramente para conseguir pagar as parcelas combinadas e não correr nenhum tipo de risco.

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